terça-feira, 19 de maio de 2009

Redes e contextos de educação e formação na sociedade de informação

Todos nós somos bombardeados por proclamações e por previsões referentes a um futuro computacional, no qual tudo o que se possa imaginar será alterado pela revolução digital.
Os ciberutópicos louvam os milagres da era digital. Por outro lado, os cibercríticos avisam-nos dos terríveis perigos. Quer para melhor, quer para o pior, ambos os lados concordam apenas em que as coisas ainda mal começaram. Que de facto o que existe hoje não passa de uma pálida imitação do que há-de vir.
Aquilo que alguns consideram um simples aspecto – a aprendizagem – mas que, de acordo com um número crescente de pessoas, representa o problema mais importante que a sociedade tem que enfrentar perante o mundo tecnológico.
A tecnologia pode influenciar o indivíduo desde criança, quer pelo seu lado negativo, quer pelo seu lado positivo. Por exemplo, existem crianças que utilizam os computadores para jogar; para visitarem sites de violência, de pornografia, prostituição, entre outros. Estas crianças acabam por passar a maioria do tempo em frente a um computador e quase não têm contacto com a natureza e com o mundo social e real que gira à sua volta. Por outro lado existem crianças que utilizam os computadores para pesquisa de trabalhos escolares, para observarem as notícias e o mundo, estas crianças fazem o uso da tecnologia de uma forma positiva e não abusiva. O principal objectivo é saber usar a tecnologia de uma forma inteligente.
Uma das razões para sermos optimistas deriva da existência de uma maior liberdade de acção para as decisões individuais, em relação ao que as tecnologias anteriores permitiam.
É que estamos a falar acerca de uma tecnologia pessoal e maleável, de uma tecnologia que pode ser moldada em casa de cada um, e que está limitada apenas pela nossa imaginação e persistência a que estamos dispostos a ter.
Sem dúvida que a tecnologia se for utilizada de forma correcta ajuda-nos no nosso contexto de formação e educação ao longo da vida, não só em termos pessoais mas também em termos sociais.
(Seymour Papert)
“ A minha mensagem é de que depende de si, muito mais do que aquilo que poderá pensar, o delinear do seu futuro e do dos seus filhos, no que diz respeito ao computador”. (Seymour Papert)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Implicações das tecnologias da informação e comunicação em rede na sociedade e na educação

Com o avanço das novas tecnológicas o indivíduo passou a ter acesso a mais informação, principalmente através da internet. Contudo, com tanta informação torna-se necessário aprender a geri-la, portanto deve-se apostar no “desenvolvimento de duas competências estruturadoras – a atitude crítica e a capacidade de tomar decisões – para que seja possível o surgimento da comepetência-chave de “aprender a aprender” (Oliveira, 2004, p. 67). Neste sentido a autora coloca uma questão que consideramos ser pertinente “o que nos traz de novo a internet? Por uma lado, acesso à informação actualizada e relevante, rapidamente e em tempo real; por outro lado, comunicação, bi-lateral e multilateral, síncrona, assíncrona, textual, sonora, visual” (Oliveira, 2004, p. 66). A nossa opinião vai de encontro à da autora, contudo, podemos enumerar outros aspectos que consideramos pertinentes como o facto das pessoas que apenas comunicam através da internet correrem o risco de se tornarem pouco sociáveis, enclausurando-se no seu próprio mundo. Entendemos que as TIC são muito importantes tanto a nível social, pessoal e profissional, mas consideramos importante o contacto físico, pois através deste a imagem que transmitimos é a mais verdadeira e necessária para o desenvolvimento integral do ser humano.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

kindle

Foi lançado ontem para o mercado uma nova invenção da amazon denominado de Kindle DX, este dispositivo portátil tem uma tela de 9,7 polegadas e permite ler livros, jornais, revistas e blogs...


quinta-feira, 30 de abril de 2009

“A política da Internet II: Privacidade e liberdade no ciberespaço”

A Internet baseou-se na liberdade, prevendo prematuramente uma nova era de libertação. Tornou-se um meio de comunicação para todos. Por ser criada nos EUA esta estava protegida pela liberdade de expressão.
Como tal, outros países pouco poderiam fazer para evitar o anonimato da comunicação da Internet, bem como a dificuldade de encontrar as fontes e a identificação do conteúdo da Internet pelos seus protocolos. Mesmo que se encontre os destinatários dos conteúdos, era demasiado dispendioso puni-los. A forma de controlar a Internet era não usá-la mas isso impediria oportunidades de negócio e acesso à informação global.
Pelo uso de tecnologias pode-se transgredir a privacidade e enquanto se chega a relacionar indivíduos com processos de comunicação específicos em contextos institucionais concretos usam-se formas de controlo político e organizacional contra o indivíduo ligado à Rede.
Para ganhar dinheiro através da Internet faz-se com que se dispense o anonimato e a necessidade de proteger os direitos da propriedade intelectual da Rede que desenvolvem softwares que controlam a comunicação informativa. Os governos apoiam esta vigilância e adoptam-na, recuperando poderes. Contudo há novas tecnologias de liberdade que se opõem às tecnologias de controlo. Isto leva a diferendos pela liberdade, e os tribunais de justiça protegem abusos feitos na Internet. Isto leva a uma batalha a favor da liberdade na Era da Informação.
Tecnologias de controlo – Os interesses comerciais e governamentais fazem nascer tecnologias de controlo, de vigilância e de investigação.Estas baseiam-se no conhecimento díspar dos códigos na rede e a capacidade para definir um espaço de comunicação específico, controlada ou não.
As tecnologias de identificação fazem parte do uso de passwords, cookies, que são marcadores digitais que os sítios põe automaticamente nos discos rígidos dos computadores que eles acedem, e os processos de autenticação que usam assinaturas digitais que permitem a outros computadores verificar a origem e as características da pessoa que se liga. As tecnologias de vigilância costumam basear-se nas tecnologias de identificação localizando o utilizador que interceptam mensagens e colocam marcadores que permitem seguir os fluxos de comunicação a partir dum computador, controlando a sua actividade diariamente. As tecnologias de informação elaboram uma base de dados através dos resultados de vigilância e a acumulação de informação gravada assiduamente.
A encriptação é a tecnologia fundamental que protege a privacidade da mensagem mas não o mensageiro. Devido a encriptação de chave pública, pois existe a privada. A encriptação respeita a confidencialidade, mas é a base das tecnologias de identificação avançadas.
A Internet é global mas o seu acesso não, pois há filtros. O preço da liberdade global acabará por ser a submissão local.
O fim da privacidade – A Internet deu-nos tanta liberdade que nos esquecemos da vigilância nos locais de trabalho. Como estes dependem cada vez mais do trabalho informático em Rede as empresas controlavam-na.
Muitos sítios na Internet obtêm os dados pessoais dos seus utilizadores e processam-nos de acordo com os seus interesses comerciais. Pode-se não deixar os dados pessoais nos sítios mas as pessoas raramente tomam esta opção.
Uma lei na União Europeia explicita que as empresas não estão autorizadas a utilizar os dados pessoais dos clientes sem a aprovação destes. Assim faz-se um negócio: em troca dos dados pessoais as pessoas acedem aos sítios.
Com os avanços tecnológicos o governo conseguiu desenvolver os seus próprios programas de vigilância, combinando os métodos tradicionais com a nova satisfação técnica.
Soberania, liberdade e propriedade quando a privacidade desaparece – Em 2000 os Estados do mundo olharam seriamente para o “cibercrime”. A Internet tem vírus e worms e muitos outros “assasinos” que cometem os “cibercrimes”. A segurança de uma Rede não é tão segura como deveria. Todos os “cibercrimes” mostraram a impotência das formas tradicionais de controlo policial baseadas no poder do Estado. Tal fê-lo actuar de forma diferente, perdendo poder para assim ter algum grau de controlo político.
Em 2000, numa reunião dos G-8, com apoio de muitos países, afirmou-se que só a partilha do poder levaria a um consenso.
Houve duas vítimas na conquista do ciberespaço. Para exercer a regulação global da Internet, os Estados viram-se obrigados a juntar-se e partilhar o seu poder, um Estado-Rede, criada pela Era da Informação. A liberdade é outra vítima pois a ameaça contra a privacidade limita a liberdade.
A vigilância global limita à liberdade de expressão pois o tráfego é interceptado conjuntamente por agências de vários países. Todavia, no novo ambiente político, encontra-se uma mudança mais importante contra a liberdade: a estruturação do comportamento do quotidiano ajustando-se as normas sociais.
O Big Brother não transmite medo, pois a vigilância não trás sequelas para as pessoas. O que preocupa é a ausência de regras explícitas de conduta e a dificuldade de prever as consequências do nosso comportamento. A vigilância compete as Little Sisters, que são agências de vigilância e que processam informação registando os nossos comportamentos. Isto sucede nos regimes autoritários pois nos democráticos, a transparência da vida condicionará as atitudes.
Existem duas razões para a cooperação do sector tecnológico da informação na reconstrução do velho mundo do controlo e de repressão. Uma respeita as empresas dot.com. A outra é o apoio preciso, dado pelo governo, para conservar os seus direitos de propriedade baseada na Internet.

“É possível vislumbrar a potencial aparição de um sistema de vigilância electrónico no horizonte histórico. A ironia reside em que foram, em geral, as e empresas da Internet, veementemente libertárias em ideologia, quem proporcionou a tecnologia necessária para quebrar o anonimato e limitar a privacidade, e que além disso foram as primeiras a utilizá-la”.(pág 210)
Bibliografia:

Castells, M(2001). “A política da Internet II: Privacidade e liberdade no ciberespaço” in a Galáxia da Internet.
Fundação Caloust Gulbenkian

terça-feira, 31 de março de 2009

terça-feira, 24 de março de 2009

Reflexão EPIC 2014

O filme EPIC 2014 testemunha a dimensão gigantesca das tecnologias e a sua vertiginosa evolução. Marca a passagem de uma sociedade industrializada para uma sociedade de informação/conhecimento. Explica como, cada vez mais, num curto espaço de tempo, uma novidade se torna obsoleta evidenciando o poder incontornável da adaptabilidade humana.Com todas estas modificações crescentes, parece natural que todos nos sintamos ainda aturdidos e não menos expectantes quanto ao nosso incerto futuro após 2015. EPIC, patenteia ainda a nossa vulnerabilidade e impotência face ao domínio das novas tecnologias no controle subtil da nossa individualidade.
A possibilidade de aceder à informação no momento é uma das consequências das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no nosso dia-a-dia, com reflexos importantíssimos na nossa educação. Informação escrita, de imagem, de som e de vídeo, permitem-nos aceder a um sem número de possibilidades de um mundo que, apesar de ser virtual, tem reflexos na realidade.Será que o EPIC nos quer dizer que as TIC personalizam a informação de cada usuário, utilizando para fins não muito claros, as suas escolhas, os seus hábitos de consumo, os seus interesses e a sua rede social?
Está em causa o monopólio e manipulação da informação, muitas das vezes falsa e sensacionalista, com vista a atingir um dos direitos fundamentais de cada cidadão: a sua liberdade. A democratização/globalização, das TIC, mostra-nos o controlo mundial que as grandes empresas multinacionais podem exercer nas sociedades, bem como o emergir de novas formas de pensamento que poderão ser impostas subtilmente aos cidadãos. A globalização poderá tender para a uniformização: do indivíduo e da sociedade.
Este é o totalitarismo sem rosto a que José Saramago se refere em «Janela da alma». A máquina invisível que nos empurra, que nos direcciona a todos no mesmo sentido. É esta pressão ou força brutal que nos torna todos iguais, porque, acríticos, nos mantém escravos numa caverna globalmente planetária. Agora o Homem vive na escravatura das suas próprias ilusões, fantasias e ideais onde o que interessa são, unicamente, os bens materiais. Tudo isto em nosso favor ou a favor da saúde económica das multinacionais.
«The machin is Us» é, em si mesmo, um excelente exemplo da potencialidade da Web 2.0, contudo aconselha-se precaução. O filme deverá fazer as pessoas reflectirem sobre a sua relação com as tecnologias. Será que estamos a alimentar a máquina? Ou é a máquina que nos usa a nós?O vídeo examina as mudanças que a tecnologia on-line traz à interacção humana, mostrando a evolução da World Wide Web e as suas implicações sociais e económicas. Estar em rede foi, é e será sempre uma oportunidade, que poderá ser usada em nosso favor, ou, mais frequentemente contra nós, pois poderemos ser programados por alguém que nos conhece muito bem.A prudência apela para que o desenvolvimento quantitativo que as novas tecnologias nos proporcionam, possa desembocar num retrocesso qualitativo que, no pior dos cenários, mostra a extinção da espécie humana tal qual como a conhecemos.
Mesmo com as TIC, o mundo continua substancialmente o mesmo: nas desigualdades, na fome, na guerra, na pobreza e na manipulação dos mais vulneráveis. Esta pode ser também a cegueira a que José Saramago se refere, uma cegueira branca, antítese do nada do escuro, mas plena de tudo que a força da luz teima em ofuscar.


terça-feira, 17 de março de 2009

O Blog é...

O blog é um conceito recente que “virou moda” entre os cibernautas, isto porque é uma ferramenta gratuita sendo acessível a todo o tipo de público. Segundo a autora RECUERO, os blogs podem ser utilizados como diários, como publicações, etc. Tornando, assim os utilizadores consumidores e produtores da sua própria informação.
  • As vantagens do blog passam pele globalização da comunicação, pela expressão pensamentos, sentimentos e moções, e pelo acesso à informação ultrapassando as revistas e os jornais.
  • As desvantagens estão relacionadas com o facto de certas informações poderem não ser verdadeiras e alguns utilizadores usarem linguagem desadequada, assim como o relacionamento entre as pessoas torna-se apenas virtual, o que contribui para o isolamento social.