terça-feira, 16 de junho de 2009

papel da Internet para o funcionamento do modelo de relações sociais designado por “comunidades personalizadas”

O desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação deu à sociedade uma nova configuração. Actualmente, vive-se num mundo conectado em redes onde os fluxos da informação remodelam as formas de interacção entre os sujeitos.
A interacção social, através das relações face-a-face, foi, ao longo da história, transformando-se através da intervenção de inúmeras e diversificadas formas de mediação. A intervenção das mediações nas trocas comunicacionais tornou-se necessária para garantir a aproximação de sujeitos geograficamente dispersos. Com esse intuito, surgiram, a carta, o telegrama, o telefone, o fax, o telemóvel e a Internet.
Das tecnologias inventadas até aos nossos dias pode-se dizer que a Internet, é o meio mais utilizado, entre os adolescentes.
A Internet promoveu o encurtamento de distâncias e criou um espaço comum de trocas informacionais, ligando todas as partes do globo.
No início a Internet era só utilizada para os chat, rooms e os newsgroups, mas agora passou a ser mais importante para o correio electrónico. Através do correio electrónico as pessoas trocam informação, e vão-se relacionando com os amigos e familiares.
Pelas formas de sociabilidade na rede, os indivíduos tendem a formar comunidades e relacionar-se em grupos de interesses homogéneos. A isto dá-se o nome de comunidades virtuais que são grupos de pessoas electronicamente para discutir assuntos de interesse mútuo.
O correio electrónico passou a ser utilizado para as pessoas trocarem informações entre amigos, familiares, etc. o correio electrónico tem mais importância para as pessoas com um status social elevado, pois estes utilizadores costumam ter menos contacto com os familiares, mas mais com os amigos, amigos estes que se encontram mais dispersos, vivem mais distanciados.
No entanto, para as pessoas com um status social mais baixo, o correio electrónico não se apresenta como uma ferramenta muito utilizada, visto que, os seus amigos são de perto, estes têm mais contacto com os familiares e vizinhos, estas pessoas não sentem tanto a necessidade de comunicarem a grandes distancias.
O correio electrónico junta-se à interacção cara a cara, telefónica ou por correspondência e não substitui outras formas de interacção social.
As pessoas que estão em contacto com a Internet estão mais expostas à informação, do que as pessoas que não estão em contacto com esta tecnologia.
Os maiores utilizadores da Internet são os adolescentes, para comunicarem com os seus amigos, e para fazerem novos amigos, contudo, os mais adultos também utilizam este meio, mas não com tanta frequência, fazem-no para comunicarem com os seus familiares.
A Internet é um meio eficaz para manter os laços sociais débeis que de outro modo se perderiam no compromisso entre o esforço para estabelecer uma interacção física e o benefício dessa comunicação. Um bom exemplo, de interacção social, são as redes seniores, estas redes permitem que estas pessoas troquem experiências e que encontrem companhia on-line.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O mundo é plano....

Segundo o autor Friedman (2006), o mundo está a tornar-se num plano, na sua opinião existiram alguns acontecimentos, passamos a descrever alguns:


“9/11/1989 – Quando derrubaram muros e construíram janelas”


Segundo Sem (indiano prémio Nobel da Economia), o muro de Berlim não estava a impedir só a falta de visão por parte dos Alemães, mas sim estava a fazer com que as pessoas não tivessem uma visão global e futurista sobre o mundo.
Nos anos 80, também houve uma grande revolução da informação:
- Em 1977 foi lançado o computador doméstico Apple II, por Steve Jobs e Steve Wosniak;
- Foi comercializado o primeiro computador da IBM em 1985;
- Em 1990, surgiu o Windows 3.0;
- Finais de 80 e inícios de 90, começaram a surgir uns modems que permitiram estabelecer a ligação entre o PC e o telefone.


Com “o aparecimento do PC Windows, em conjunto com a queda do muro, pôs em marcha o processo global que tornou o mundo mais plano” (Friedman, 2006, p. 59). As pessoas também se começaram a modificar do “EU e a minha maquina podemos comunicar melhor e mais rapidamente um com o outro, permitindo-me desempenhar mais tarefas” passou para “Eu e a minha maquina podemos comunicar melhor e mais rapidamente com alguns amigos e com mais algumas pessoas da empresa, permitindo-nos ser mais produtivos” (Friedman, 2006, p. 61)



“9/8/1995 – A nova era da conectividade: quando a rede se tornou global e a Netscape passou a ser cotada em bolsa”


Neste segundo acontecimento, começou a surgir a Internet, o correio electrónico, mas era tudo muito rudimentar.
- Em 1995, surgiu a Netscape;
- Surgiu o Windows 95, que já possuía ligação à internet.



“Software de sistematização dos fluxos de trabalho”


Segundo Friedman, o software veio permitir que as empresas se tornassem mais produtivas. Houve uma padronização do software o que fez com que nas empresas as pessoas pudessem comunicar entre elas de uma forma mais simples.



“Uploading – Aproveitar o poder das comunidades”


Com o avanço das tecnologias da Web, as pessoas passaram a puder “oferecer as suas notícias e artigos de opinião ultrapassando os intermediários dos jornais. É o chamado blogging (…)” (Friedman, 2006, p. 94). Também passou a ser possível oferecer músicas, vídeos, poesia, comentários e podcastings. Começou a surgir a Wikipédia, que pode ser vista como uma biblioteca virtual.



Blogs e Podcasts



Blogs "estes grupos alimentam-se frequentemente de muitos rumores e alegações irreflectidas. Como ninguém assume o comando os padrões relativos às boas práticas variam fortemente, alguns deles são completamente irresponsáveis” (Friedman, 2006, p. 116). De sete em sete segundo é criado um novo blog.

Podcasts “Os podcasts envolvem a produção, por parte de idividuos, de ficheiros áudio e vídeo – musicas, comentários, livros, leitura de poesia, recitais, tudo o que possa imaginar que pode ser feito por voz e vídeo – que depois podem se carregados em plataformas da Internet, como o itunes da Apple” (Friedman, 2006, p. 117).



In – Forming – Motores de busca Google, Yahoo! e MSN


“O objectivo do Google é este – tornar facilmente disponível todo o conhecimento mundial, em todas as línguas” (Friedman, 2006, p. 170).
Com o Google, o Yahoo e o MSN as pessoas passaram a ter acesso a mais informação, perante isto pode-se dizer que o mundo está-se a tornar plano, contudo a privacidade das pessoas passa a ser invadida por qualquer pessoa, isto porque, basta ir ao Google e através de um clik pode-se ficar a saber algo sobre as pessoas.




De facto, o mundo está a ficar plano, isto porque basta um clik e passamos a ter toda a informação disponível e podemos trocar essa mesma informação com qualquer pessoa independentemente de onde ela estiver.


FRIEDMAN, T. (2006). O mundo é plano. Lisboa: Actual Editora


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Máquina digitaliza 2.400 páginas por hora!!!

“Uma máquina capaz de digitalizar 2.400 páginas por hora sem intervenção humana já está disponível em Portugal, afirmou à Agencia Lusa, Luís Pereira, administrador da empresa que vai facultar o serviço. O “Bookscan APT 2400” incorpora um braço robótico que vai passando as páginas dos livros utilizando um sistema de vácuo que torna o processo “mais suave do que com a mão humana”, assegura a empresa. Enquanto as paginas passam, vão sendo fotografadas por duas câmaras fotográficas, com 21.1 megapixeis cada, sendo depois submetidas a um software que faz a parametrização do formato das imagens. O serviço de digitalização “não danifica os livros, pois a digitalização é feita na posição de leitura, não havendo qualquer tipo de pressão sobre os volumes”, escreve ainda a empresa em comunicado” in Dica da semana de 28 de Maio de 2009.


terça-feira, 19 de maio de 2009

Redes e contextos de educação e formação na sociedade de informação

Todos nós somos bombardeados por proclamações e por previsões referentes a um futuro computacional, no qual tudo o que se possa imaginar será alterado pela revolução digital.
Os ciberutópicos louvam os milagres da era digital. Por outro lado, os cibercríticos avisam-nos dos terríveis perigos. Quer para melhor, quer para o pior, ambos os lados concordam apenas em que as coisas ainda mal começaram. Que de facto o que existe hoje não passa de uma pálida imitação do que há-de vir.
Aquilo que alguns consideram um simples aspecto – a aprendizagem – mas que, de acordo com um número crescente de pessoas, representa o problema mais importante que a sociedade tem que enfrentar perante o mundo tecnológico.
A tecnologia pode influenciar o indivíduo desde criança, quer pelo seu lado negativo, quer pelo seu lado positivo. Por exemplo, existem crianças que utilizam os computadores para jogar; para visitarem sites de violência, de pornografia, prostituição, entre outros. Estas crianças acabam por passar a maioria do tempo em frente a um computador e quase não têm contacto com a natureza e com o mundo social e real que gira à sua volta. Por outro lado existem crianças que utilizam os computadores para pesquisa de trabalhos escolares, para observarem as notícias e o mundo, estas crianças fazem o uso da tecnologia de uma forma positiva e não abusiva. O principal objectivo é saber usar a tecnologia de uma forma inteligente.
Uma das razões para sermos optimistas deriva da existência de uma maior liberdade de acção para as decisões individuais, em relação ao que as tecnologias anteriores permitiam.
É que estamos a falar acerca de uma tecnologia pessoal e maleável, de uma tecnologia que pode ser moldada em casa de cada um, e que está limitada apenas pela nossa imaginação e persistência a que estamos dispostos a ter.
Sem dúvida que a tecnologia se for utilizada de forma correcta ajuda-nos no nosso contexto de formação e educação ao longo da vida, não só em termos pessoais mas também em termos sociais.
(Seymour Papert)
“ A minha mensagem é de que depende de si, muito mais do que aquilo que poderá pensar, o delinear do seu futuro e do dos seus filhos, no que diz respeito ao computador”. (Seymour Papert)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Implicações das tecnologias da informação e comunicação em rede na sociedade e na educação

Com o avanço das novas tecnológicas o indivíduo passou a ter acesso a mais informação, principalmente através da internet. Contudo, com tanta informação torna-se necessário aprender a geri-la, portanto deve-se apostar no “desenvolvimento de duas competências estruturadoras – a atitude crítica e a capacidade de tomar decisões – para que seja possível o surgimento da comepetência-chave de “aprender a aprender” (Oliveira, 2004, p. 67). Neste sentido a autora coloca uma questão que consideramos ser pertinente “o que nos traz de novo a internet? Por uma lado, acesso à informação actualizada e relevante, rapidamente e em tempo real; por outro lado, comunicação, bi-lateral e multilateral, síncrona, assíncrona, textual, sonora, visual” (Oliveira, 2004, p. 66). A nossa opinião vai de encontro à da autora, contudo, podemos enumerar outros aspectos que consideramos pertinentes como o facto das pessoas que apenas comunicam através da internet correrem o risco de se tornarem pouco sociáveis, enclausurando-se no seu próprio mundo. Entendemos que as TIC são muito importantes tanto a nível social, pessoal e profissional, mas consideramos importante o contacto físico, pois através deste a imagem que transmitimos é a mais verdadeira e necessária para o desenvolvimento integral do ser humano.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

kindle

Foi lançado ontem para o mercado uma nova invenção da amazon denominado de Kindle DX, este dispositivo portátil tem uma tela de 9,7 polegadas e permite ler livros, jornais, revistas e blogs...


quinta-feira, 30 de abril de 2009

“A política da Internet II: Privacidade e liberdade no ciberespaço”

A Internet baseou-se na liberdade, prevendo prematuramente uma nova era de libertação. Tornou-se um meio de comunicação para todos. Por ser criada nos EUA esta estava protegida pela liberdade de expressão.
Como tal, outros países pouco poderiam fazer para evitar o anonimato da comunicação da Internet, bem como a dificuldade de encontrar as fontes e a identificação do conteúdo da Internet pelos seus protocolos. Mesmo que se encontre os destinatários dos conteúdos, era demasiado dispendioso puni-los. A forma de controlar a Internet era não usá-la mas isso impediria oportunidades de negócio e acesso à informação global.
Pelo uso de tecnologias pode-se transgredir a privacidade e enquanto se chega a relacionar indivíduos com processos de comunicação específicos em contextos institucionais concretos usam-se formas de controlo político e organizacional contra o indivíduo ligado à Rede.
Para ganhar dinheiro através da Internet faz-se com que se dispense o anonimato e a necessidade de proteger os direitos da propriedade intelectual da Rede que desenvolvem softwares que controlam a comunicação informativa. Os governos apoiam esta vigilância e adoptam-na, recuperando poderes. Contudo há novas tecnologias de liberdade que se opõem às tecnologias de controlo. Isto leva a diferendos pela liberdade, e os tribunais de justiça protegem abusos feitos na Internet. Isto leva a uma batalha a favor da liberdade na Era da Informação.
Tecnologias de controlo – Os interesses comerciais e governamentais fazem nascer tecnologias de controlo, de vigilância e de investigação.Estas baseiam-se no conhecimento díspar dos códigos na rede e a capacidade para definir um espaço de comunicação específico, controlada ou não.
As tecnologias de identificação fazem parte do uso de passwords, cookies, que são marcadores digitais que os sítios põe automaticamente nos discos rígidos dos computadores que eles acedem, e os processos de autenticação que usam assinaturas digitais que permitem a outros computadores verificar a origem e as características da pessoa que se liga. As tecnologias de vigilância costumam basear-se nas tecnologias de identificação localizando o utilizador que interceptam mensagens e colocam marcadores que permitem seguir os fluxos de comunicação a partir dum computador, controlando a sua actividade diariamente. As tecnologias de informação elaboram uma base de dados através dos resultados de vigilância e a acumulação de informação gravada assiduamente.
A encriptação é a tecnologia fundamental que protege a privacidade da mensagem mas não o mensageiro. Devido a encriptação de chave pública, pois existe a privada. A encriptação respeita a confidencialidade, mas é a base das tecnologias de identificação avançadas.
A Internet é global mas o seu acesso não, pois há filtros. O preço da liberdade global acabará por ser a submissão local.
O fim da privacidade – A Internet deu-nos tanta liberdade que nos esquecemos da vigilância nos locais de trabalho. Como estes dependem cada vez mais do trabalho informático em Rede as empresas controlavam-na.
Muitos sítios na Internet obtêm os dados pessoais dos seus utilizadores e processam-nos de acordo com os seus interesses comerciais. Pode-se não deixar os dados pessoais nos sítios mas as pessoas raramente tomam esta opção.
Uma lei na União Europeia explicita que as empresas não estão autorizadas a utilizar os dados pessoais dos clientes sem a aprovação destes. Assim faz-se um negócio: em troca dos dados pessoais as pessoas acedem aos sítios.
Com os avanços tecnológicos o governo conseguiu desenvolver os seus próprios programas de vigilância, combinando os métodos tradicionais com a nova satisfação técnica.
Soberania, liberdade e propriedade quando a privacidade desaparece – Em 2000 os Estados do mundo olharam seriamente para o “cibercrime”. A Internet tem vírus e worms e muitos outros “assasinos” que cometem os “cibercrimes”. A segurança de uma Rede não é tão segura como deveria. Todos os “cibercrimes” mostraram a impotência das formas tradicionais de controlo policial baseadas no poder do Estado. Tal fê-lo actuar de forma diferente, perdendo poder para assim ter algum grau de controlo político.
Em 2000, numa reunião dos G-8, com apoio de muitos países, afirmou-se que só a partilha do poder levaria a um consenso.
Houve duas vítimas na conquista do ciberespaço. Para exercer a regulação global da Internet, os Estados viram-se obrigados a juntar-se e partilhar o seu poder, um Estado-Rede, criada pela Era da Informação. A liberdade é outra vítima pois a ameaça contra a privacidade limita a liberdade.
A vigilância global limita à liberdade de expressão pois o tráfego é interceptado conjuntamente por agências de vários países. Todavia, no novo ambiente político, encontra-se uma mudança mais importante contra a liberdade: a estruturação do comportamento do quotidiano ajustando-se as normas sociais.
O Big Brother não transmite medo, pois a vigilância não trás sequelas para as pessoas. O que preocupa é a ausência de regras explícitas de conduta e a dificuldade de prever as consequências do nosso comportamento. A vigilância compete as Little Sisters, que são agências de vigilância e que processam informação registando os nossos comportamentos. Isto sucede nos regimes autoritários pois nos democráticos, a transparência da vida condicionará as atitudes.
Existem duas razões para a cooperação do sector tecnológico da informação na reconstrução do velho mundo do controlo e de repressão. Uma respeita as empresas dot.com. A outra é o apoio preciso, dado pelo governo, para conservar os seus direitos de propriedade baseada na Internet.

“É possível vislumbrar a potencial aparição de um sistema de vigilância electrónico no horizonte histórico. A ironia reside em que foram, em geral, as e empresas da Internet, veementemente libertárias em ideologia, quem proporcionou a tecnologia necessária para quebrar o anonimato e limitar a privacidade, e que além disso foram as primeiras a utilizá-la”.(pág 210)
Bibliografia:

Castells, M(2001). “A política da Internet II: Privacidade e liberdade no ciberespaço” in a Galáxia da Internet.
Fundação Caloust Gulbenkian